terça-feira, 22 de setembro de 2009

Cacos de mim

Um pedacinho do meu peito é saudade, e o restante também.
Um pedacinho do meu peito é angústia, e o restante também.
Um pedacinho do meu peito é tristeza, e o restante também.
Um pedacinho do meu peito é poesia, e o restante, rima vazia.
Sou feita em pedaços.
Cacos de gente.
Partida e repartida.
Esse é meu presente.

COMO NO CINEMA...

A Casa do Lago



Quase deuses





A Procura da Felicidade




Um amor pra recordar




Ps. Te Amo



Escrito nas Estrelas


Amor sem Fronteiras...







Precisa-se de alguém



Procurar um sentido para a nossa vida quando tudo parece caminhar tão lentamente, talvez seja um grande desafio.
Tudo isso porque é muito complicado quando tentamos caminhar na retidão sem deixar ninguém a nos esperar nas curvas ou nos atalhos...
Mas a verdade é que sempre dependemos de alguém, nem que seja para emprestar-nos um ombro amigo, ou ouvidos que possam agüentar as lamentações.
Sempre vamos precisar de alguém que olhe em nossos olhos, já lacrimejando, e nos diga que vai caminhar conosco.
Alguém que nos mostre uma saída, que nos aponte um sentido, que nos faça sorrir, quando só queremos chorar.
Alguém para nos transmitir quietude, quando não tivermos mais paciência nem com nós mesmos.
Alguém que não diga nada, mas que, mesmo no silêncio, seja um suporte quando estivermos fracos.
Alguém que nos cante uma música, que assista um filme conosco,que nos conte uma piada...e que se faça palhaço para arrancar de nós um sorriso ou se mostre sério no momento certo. Será difícil nos vermos sozinhos quando dependemos tanto das outras pessoas.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Meu Trabalho estava pronto, e eu perdi.

Talvez ninguém acredite. Já ouvi de todas as justificativas para trabalhos que não foram feitos. Só não me lembro de ter ouvido alguém dizer que tudo se perdeu dentro do mundo invisível da informática. “O trabalho estava pronto. Milimetricamente pronto. Exaustivamente lido, relido, corrigido. Mas perdi dentro do meu computador.” Quem está dizendo isso sou eu mesma. Simplesmente porque nem eu mesmo estou acreditando nisso. Pois é. Perdi.

Fiquei desesperada. Joguei palavras ásperas ao léu, umas até atingiram quem não tinha nada a ver. Mas desabafei. E chorei. Chorei até me olhar no espelho e não reconhecer aqueles olhos pesados. É que na verdade eu havia dispensado tanto tempo para fazer aquele trabalho que ora sumira. Havia me dedicado tanto. Sem inspiração... a transpiração me determinara a ir até o fim. Fui. Mas não cheguei a lugar nenhum. Perdi o esforço. Apaguei tudo. Não me pergunte como. Simplesmente não mais encontrei. Simples assim. Um vírus, apenas.

E disseram que isso não era nada demais. Que isso acontece, e que agora eu só precisava sentar e escrever. Tudo de novo. Mas como eu poderia escrever aquilo novamente? Não posso. Talvez um parecido, mas não tão bom. Estava tudo pronto. Não tenho mais nada. Tudo perdido.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Crônica de uma parceria feliz

Não conheço Marcelino Vieira. Incursionei pelas plagas norte-riograndenses, ou potiguares, em dois momentos apenas. Um primeiro e, devo dizer, reiteradamente, a Natal, a capital. Cortesias de litorâneos. Doutra vez ao sertão (ou Seridó? Esclareçam-me, por favor!), numa caravana etílico-religiosa a Carnaúba dos Dantas, acompanhando a minha mãe. Ela cumpriu o lado religioso; eu e minha irmã, Gracinha, o lado profano da romaria.

Mas, por uma dessas ironias do destino, a pequena cidade se fez presente em minha vida. Sem me conhecer (e a recíproca é verdadeira), nem presencialmente nem nos limbos do conhecimento, não sabíamos da existência um da outra, ela proporcionou um momento feliz, desses a serem escritos nos anais de minha nômade vida.

Simplesmente, enviou-me uma jóia. Uma pérola dessas geradas no ventre da providência. Providência no sentido mais puro. Nessas que os fundamentalistas de plantão não hão de dar crédito. Nessas onde a disponibilidade desinibida para a vida se faz, onde o brilho próprio e o esbanjar da luz encontram seu lar, seu leito. Nessas onde a felicidade de viver dia após dia, um de cada vez torna-se meta. Nessas em que o sentir vida ao enredor, por sua perspicácia, a tenacidade e a sensibilidade, nos surpreendem sempre. Nessas onde o sentir o ardor e a delicia do caminhar, nos encanta. Nessas onde a naturalidade do fazer e, aí me ganhou, da humildade são provas incontestáveis de uma humanidade além dos limites de nossa época. E, afora isso, uma competência inquestionável.

A natureza das coisas, a alma do mundo (no dizer de Espinosa) proporcionou-me um encontro feliz. A providência, mais uma vez ela, generosamente, deu-me a honra e a alegria de ser professor e partner no trabalho de conclusão de curso de mais uma jornalista. E aí devo ressaltar: não mais uma. Simplesmente uma menina de sorriso franco, fácil (por vezes meio acanhado, tímido), uma firmeza inquebrantável de princípios e, acredito, uma condição de tornar-se marca indelével na vida de quem conhece, de quem partilha de seus sonhos e realizações. Ademais, uma fé intrínseca, natural. Não quero que ela se perceba assim. Meu desejo é que é que ela mantenha-se em sua naturalidade. A espontaneidade é seu charme particular, a sua força.

Mas, falávamos de encontros e de providência. Uma natureza atlântica, desterrada, encontra uma personalidade agreste, destemida, em território neutro. Desterramento mútuo. E, nesse encontro, nada pintou-se árido, improdutivo, da falta de horizontes, nem molhado pelas ondas da inércia, da preguiça, do descompromisso. Pintou-se, isso sim, de força e criação, percepção, cumplicidade, anima de vida. De um momento em que sentimos orgulho em assumir essa porção híbrida de jornalista-professor (ou jornalista em sala-de-aula, como prefiro) e de aprendiz (ora, aprendiz!) de jornalismo.

Não me orgulha o fato de ser o “professor” universitário, simplesmente, de um curso de comunicação social, com habitação em jornalismo. Sou possuído pela força do educador. Orgulha-me a força do encontro com pessoas ávidas o aprender e a possibilidade do aprender, do pensar, da percepção de que o “outro”, aluno ou aprendiz, quer aprender e lhe escolhe, não aleatoriamente, para dividir conhecimentos, partilhar, construí-lo. Ela proporcionou-me isso, sem reservas, sem engodos.

Acredito no divino inerente a pessoas, coisas, objetos, produções humanas. Nem uma pessoa chega a nossa vida por acaso, nem um bicho, planta ou livro também. O imã que nos aproxima tem uma signagem, um sentido, uma direção, uma lição, uma mensagem intrínseca, seja para o bem ou para o mal. Forças que atraem ou geram repulsa são naturais. Essa é a dicotomia da vida. Dialética antes de polarismos.

Acredito, sobretudo, na força singular dos encontros. E no produto que pode sair desses encontros aleatórios. Casuais? Uma relação eterna, uma compreensão mútua para além dos limites, uma prosaica monografia... Acredito nessas forças que geram o abraço fraternal dos nômades. Simples assim. Simplesmente improbabilidades prováveis, táteis, factíveis. Acredito nas pessoas e no poder de realização delas e, quero crer, ingenuamente, que contribuo com meu espírito nômade e construtor, em limitadas aulas de um jornalista/cronista de Comunicação Rural, que mais tem de humanidade, para isso.

Obrigado, Marcelino Vieira,
A benção, Maria Ivanúcia Lopes da Costa.

by Edson de França



(Crônica feita pelo professor Orientador de minha monografia do Curso de Jornalismo. Achei o máximo! Orgulho...)

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

HOMENGAGEM AOS PAIS

Quisera Deus enviar um homem que lhe fosse semelhante e pudesse cuidar de nós com tanta grandeza e ternura. Em Sua onipotência e paternidade santa, Deus criou um homem capaz dedicar-se com força e honestidade para garantir o sustento da família e tornar-se ponte do amor Dele para conosco.
Foi aí que Deus colocou em nosso meio um homem tão importante.
Um homem que em sua pequenez humana revela a grandiosidade do amor divino.
Um homem que se esforça ao máximo para ser forte, mesmo quando parece fraco.
Um homem que passa segurança e firmeza.
Um homem que adia seus planos para que seus filhos sejam felizes. Um homem que não tem outro plano, senão a felicidade do filho.
Um homem que trabalha com amor e que se sente satisfeito em poder garantir o sustento de outras vidas.
Um homem que compartilha seus dons e que sabe doar-se.
Um homem forte como uma montanha, calmo como o mar tranqüilo e generoso como a natureza. Um homem alegre como a manhã de primavera, paciente como a eternidade e especial, como Pai.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

“E as palavras se misturam, se chocam e se engolem”.
“Cantar e cantar e cantar... até que a vida entre no ritmo.”