Eu tive o ontem. Estava em minhas mãos.
Eu tenho hoje, de ontem, só o cheiro.
E pra amanhã talvez já nem reste, o que senti primeiro.
(...)
Do tempo, o cheiro.
(...)
E na distância, entre ontem e amanhã.
Vivo na ânsia de desembrulhar o presente.
Sinto a fragrância deste tempo que corre sem espanto.
E escorrega entre os dedos, e se esvai pelos cantos.
E na distância, entre ontem e amanhã.
Vivo na ânsia de desembrulhar o presente.
Sinto a fragrância deste tempo que corre sem espanto.
E escorrega entre os dedos, e se esvai pelos cantos.
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