quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Coincidência.

...eu nunca acreditei em histórias repetidas. Mas algumas histórias surgem, as vezes, não apenas como coincidências. E do desconhecido, eis que nasce a descrição de segredos invioláveis. E você se desarma. Alguns textos me lêem. Nessa hora vejo o poder disso tudo, a sintonia do mundo...
Esse texto a seguir eu vi no Blog Mais do que Palavras. E posso dizer, se ela não tivesse dito isso, eu precisava dizer.

Das coisas injustas.

E seguem seus dias vazios. Seus sonhos inválidos escorrem pelas despedidas forçadas que a vida os impôs. Suspiram calados a falta de vontade. E desistem, inférteis, diante das dificuldades.
Eram acostumados a ter flores em casa todos os dias. Tinham vidas coloridas o bastante para se considerarem felizes. E, no entanto, como um leve sopro do céu, largaram-se.
Perderam um ao outro, a suavidade que traziam dentro de si acabou por cair em profundo esquecimento. Estariam sozinhos?
Não mais. Eram agora, na ausência que se abriu entre eles, uma só alma. Parte escondida de uma realidade desgatada, sem qualquer beleza. Um clarão de luz pendente.
Mas, ainda com toda a contradição, eles se pertenciam. Embora estivessem convencidos do oposto, estavam fadados a impossibilidade de se abandonarem.
Esperavam o sol aparecer, apenas. Onde quer que estivessem. Eles estavam esperando.

Um comentário:

Rebeca Amaral disse...

Que bom me ver por aqui, flor... É maravilhoso sentir que as nossas palavras são capazes de tocar, o mínimo que seja, outros corações desolados.
Foi ótimo lhe conhecer, querida.
Um beijo e obrigada!