Coração ferido.
Ele sempre acredita no amor.
E sempre se arranha.
Fiz curativos com romances baratos.
Que empoeiravam a livraria da esquina
Achei que tinha resolvido.
Abri a janela de casa e pus uma flor no vaso.
No cabelo, um laço de fita.
Espiei passos leves, empoeirados.
Senti borboletas fazerem a festa
Tive vontade de acompanhá-las
Estava o amor escrito na testa
Todas as tardes ele vinha
Deixei entrar.
Pedi pra tirar o chinelo.
-Tenho alergia à poeira. Disse.
Coisas de amor mal-curado
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