quarta-feira, 29 de junho de 2011

Parágrafo único.

Agora mesmo eu acabo de desligar o telefone. Pra falar a verdade achei tudo muito estranho. E confesso que não sei direito o que falar pra você agora. Talvez fosse melhor não falar. Deixar pra amanhã. É. É isso. Deixar pra amanhã talvez seja o melhor. E eu que só quero o melhor, fico achando que deixar pra amanhã não foi o melhor que eu devia ter feito. Mas é que eu sou inconsequente, as vezes, sabe? Insisto sem saber a hora de parar. E concordei. Fiz que sim porque eu acho que quero cuidar de tudo pra que amanhã eu te encontre, de qualquer jeito, mas com seu jeito tão apaixonante de falar pra mim as “besteiras” mais lindas que alguém já me disse. E é justo nesse momento que já não me importo com qualquer outra coisa que não seja esse diálogo sem sentido, consentido. E é justo nessa hora que tenho uma vontade inexplicável de dizer suavemente de um “jeito romântico” que não tenho que adoro ser eu do seu lado. Pode não parecer pra ti. E eu acho que isso seja normal, até. Mas quando estou com você eu não me escondo. E isso é muito bom pra mim: está do lado de alguém que sabe, de fato, como eu sou. Talvez isso te aproxime, talvez isso te afaste. Torço pra que te faça mais presente ainda em minha vida, mas se assim não tiver de ser, que não seja traumático pra você ter passado na vida dessa menina tão cheia de esquisitices. É que eu sou complicada demais, e infelizmente, sofro por todas as vezes que tenho de assumir isso pra mim e ver as coisas se esvaindo por entre os dedos como quem não fez esforço algum pra proteger o que estava nas mãos. Mas eu estou aqui agora pra dizer que eu me esforço. Que eu quero. Que eu acredito nessa coisa “boba” que eu sinto só de pensar. Eu quero dizer que acredito nessa coisa de gostar tanto, mas tanto, a ponto de deixar livre só pra não carregar a culpa aprisionar qualquer sentimento. Eu tenho medo dessas coisas todas que te disse. Medo de que estas palavras não te cheguem com a mesma profundidade e sentido com que foram digitadas. Medo de que, depois de lê-las, você decida pela distância. Medo de que depois disso, você decida, por si próprio, que estava no lugar errado com a pessoa errada. Olha, não se trata de fim de jogo. De decisão. Se trata de transparência. A confiança que nós construímos me permite dizer essas e outras coisas, embora com medo. E a nossa sintonia (lembra!?) me permite pensar que agora mesmo você vai sorrir. E vai achar que eu sou uma maluca de te escrever essas coisas. Pode achar também que sou uma fraca, que não consegue se abrir como deveria e corre pra digitar qualquer coisa que seja. Mas e ai? Talvez eu devesse deletar o que ja foi dito aqui. Mas não. Eu não quero fazer isso. Quero insistir nesse palavreado “desparagrafado” que já deve estar te fazendo coçar os olhos ou abrir a boca. Mas eu quero insistir só pra ter certeza que eu disse pelo menos um tantinho do que eu precisava. Você me pediu pra não insistir. E eu peço, pra não desistir. Não sei direito o que isso está parecendo pra você. E eu confesso (de novo!) que eu só queria que você soubesse que eu penso tanto em você, mas tanto, tanto...que até mesmo distante você me parece a “companhia” mais presente. Porque sabe dos meus dias, porque conhece minha rotina, porque sabe das minhas febres, da minha saudade...sabe de mim. Gosto de me sentir entendida. Gosto da atenção que recebo. Gosto dos mimos. Gosto do seu jeito desajeitado de dizer que também gosta. Eu gosto de falar “besteira” até que já não exista contra-indicação. Gosto de sorrir à toa. Gosto dessa descoberta constante. Gosto de provocar. Gosto de ser com você. Eu gosto de gostar de você. E eu queria ser agradável na sua vida.  Você agora talvez não esteja entendendo nada. E se já me dizia que está confuso, que não sabe direito o que sente, talvez agora esteja mais confuso ainda, ou então já tenha descoberto qualquer outra coisa que ainda não tivesse percebido. Isso é um risco: Insistir em falar quando devia calar. Dizer coisas complicadas pra justificar uma personalidade cheia de esquisitices. Isso é um risco: Talvez te afaste de mim. Mas quer saber por que isso tudo? Queria mais desabafar, revelar, dividir, confessar, assumir...do que cogitar essa possibilidade de distanciamento dessa coisa tão boba que faz esse coração bater tão rápido.
Era isso. E ainda é.


...datado de 11/05

2 comentários:

Greyce Kelly disse...

Esse foi um dos seus melhores textos,
Foi perfeito,porque nele você conseguiu transparecer todos os seus sentimentos de forma simples e pura.
Parabéns,você está cada dia melhor!
Espero que essa pessoa em que você se inspira tanto saiba reconhecer e valorizar todo esse amor de você tem por ele.
FELIIDADES !

Mia disse...

O.O

SÉRIO??? E COMO EU NÃO SABIA DISSO? Prima, que babado ótimo! Parabéns pela felicidade de se sentir tão bem! Que dure, muito, muito, muito!
Bjos