Acho que eu tenho um jeito diferente de amar. Manso, eu diria. Como quem faz de tudo por um beijinho doce, um abraço rápido, cinco minutozinhos de presença. Faço questão. Compreendo. Suspiro e choro quando não pode ser. Aprecio demais. Elogio ao extremo. Sinto saudade. Telefono. Mando torpedos, e-mails e escrevo textos de afeição. Seguro nas mãos. Faço cócegas. Brinco. Conto segredos. Falo besteiras. Confidencio sonhos. Quero estar perto. Acariciar os cabelos. Sorrir quietinho. Fazer feliz. Tudo isso sem, muitas vezes, notar que posso sufocar o outro. Sem perceber que muito carinho pode não fazer bem. Ponho o amado em primeiro lugar, mesmo que um dia eu fique em segundo. Assim: num estalar de dedos.
Sara Albuquerque.
Sara Albuquerque.
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