Ter um caminho reto a seguir, ou mesmo um percurso tortuoso com placas indicativas é muito fácil de percorrer.
Se assim o fosse ninguém tropeçaria, porque não existiriam pedras.
Se assim o fosse não precisaríamos de ninguém, porque andaríamos sozinhos.
Se assim o fosse não haveria aprendizado...
Mas quando o caminho não é reto e não existem indicações corretas do percurso é preciso andar com passos firmes, não muito largos, mas firmes.
É preciso caminhar com a cabeça erguida, não esnobe, mas erguida.
É preciso caminhar serenamente, não com desatenção, mas com serenidade.
É preciso caminhar pelas calçadas, pelas ruas, subir e descer ladeiras, pular, correr...cair e levantar.
É preciso estender as mãos para ajudar...e estendê-las também para aceitar a ajuda de alguém.
Não é preciso que o caminho seja uma reta para não errar o percurso, não é preciso sequer temer a queda, se soubermos que ela nos edifica...
Caminhar é preciso. E no caminho...errar não é proibido, mas acertar é preciso.
Podemos até cair um milhão de vezes...mas precisamos ter força para levantarmos todas elas.
Precisamos de força para nos manter de pé, mas ter a flexibilidade de, vez por outra, dobrar os joelhos e orar, pedir, agradecer, clamar, invocar, silenciar, chorar...
E que a humildade não nos faça inferiores, mas nos permita enxergar além da nossa força, as nossas fraquezas.
(Ivanúcia Lopes)
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