sexta-feira, 30 de setembro de 2011

...

" Dos relacionamentos que vc já teve, quais foram as ocasiões em que verdadeiramente vc foi modificado para melhor?
Será que vc é a lembrança doida na vida de alguém? Será que vc já construiu cativeiros? Ou será que já viveu em algum?
Será que já idealizou demais as situações, as pessoas e por isso perdeu a oportunidade de encontrar situações e as pessoas certas?
Sejam quais forem as respostas, não tenha medo delas. Perguntar-se é uma maneira interessante de se descobrir como pessoa, pois as perguntas são pontes que nos favorecem travessias."
 
(Padre Fábio de Melo)

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Estou de regime. Cortando excessos.

http://weheartit.com/entry/14739228

E eu decidi que o corte agora quem faz sou eu.

...hoje eu fiquei com febre a tarde inteira.

É só hoje e isso passa
Só me deixe aqui quieto
Isso passa
Amanhã é um outro dia
Não é?...
(Via láctea - Renato Russo)
http://weheartit.com/entry/14730910

Isso passa.
Passe longe.
Que eu passo bem.

Faço uma faxina pra limpar a casa

Eu varro a sala, eu rego as plantas
Abro as janelas pro ar circular
Faço uma faxina pra limpar a casa
Faço uma faxina pra arrumar a vida
Pra dissolver e recompor
Até os infortúnios tem o seu valor
Na oportunidade de aprender com a dor
Portanto, a gratidão jorra pela fonte do meu coração
(Forfun)


- Sabe aquela faxina?
- Humrum.
- Que tal começar agora? É que eu cansei de acumular o que não serve. Quero meu espaço de volta.


Ivanúcia Lopes

A verdade a ver navios

http://weheartit.com/entry/14664980


Mas não me venha com meias verdades. 
Elas nunca existiram.

Ivanúcia Lopes
A verdade a ver navios (Engenheiros do Hawai)

Voe por todo mar e volte aqui...

http://weheartit.com/entry/14718468  
 
Os ventos estão aí,
levantando poeira,
desmanchando penteados...
e secando as lágrimas.

Além do horizonte deve ter algum lugar bonito pra viver em paz

http://weheartit.com/entry/14663255

Estou em greve.

E me afasto de tudo que ilude. 
Estou em greve, e quero paz.


Ivanúcia Lopes

terça-feira, 13 de setembro de 2011

ícones do amor??


Sabem porque Romeu e Julieta são ícones do amor? São falados e lembrados, atravessaram os séculos incólumes no tempo, se instalando no mundo de hoje como casal modelo de amor eterno? Porque morreram e não tiveram tempo de passar pelas adversidades que os relacionamentos estão sujeitos pela vida afora. Senão provavelmente Romeu estaria hoje com a Manoela e Julieta com o Ricardão. Romeu nunca traiu a Julieta numa balada com uma loira linda e siliconada motivado pelo impulso do álcool. Julieta nunca ficou 5 horas seguidas esperando Romeu, fumando um cigarro atrás do outro, ligando incessantemente para o celular dele que estava desligado. Romeu não disse para Julieta que a amava, que ela especial e depois sumiu por semanas. Julieta não teve a oportunidade de mostrar para ele o quanto ficava insuportável na TPM.
Romeu não saia sexta feira a noite para jogar futebol com os amigos e só voltava as 6:00 da manhã bêbado e com um sutiã perdido no meio da jaqueta (que não era da Julieta). Julieta não teve filhos, engordou, ficou cheia de estria e celulite e histérica com muita coisa para fazer. Romeu não disse para Julieta que precisava de um tempo, que estava confuso,querendo na verdade curtir a vida e que ainda era muito novo para se envolver definitivamente com alguém. Julieta não tinha um ex-namorado em quem ela sempre pensava ficando por horas distante, deixando Romeu com a pulga atrás da orelha. Romeu nunca deixou de mandar flores para Julieta no dia dos namorados alegando estar sem dinheiro. Julieta nunca tomou um porre fenomenal e num momento de descontrole bateu na cara do Romeu no meio de um bar lotado. Romeu nunca duvidou da virgindade da Julieta.
Julieta nunca ficou com o melhor amigo de Romeu. Romeu nunca foi numa despedida de solteiro com os amigos num prostíbulo. Julieta nunca teve uma crise de ciúme achando que Romeu estava dando mole para uma amiga dela. Romeu nunca disse para Julieta que na verdade só queria sexo e não um relacionamento sério, ela deve ter confundido as coisas. Julieta nunca cortou dois dedos de cabelo e depois teve uma crise porque Romeu não percebeu a mudança. Romeu não tinha uma ex-mulher que infernizava a vida da Julieta. Julieta nunca disse que estava com dor de cabeça e virou para o lado e dormiu. Romeu nunca chegou para buscar a Julieta com uma camisa xadrez horrível de manga curta e um sapato para lá de ultrapassado, deixando-a sem saber onde enfiar a cara de vergonha. Por estas e outras que eles morreram se amando.
                                              (Martha Medeiros)

Àquela coisa sem nome

Não era mais leve. Já pesava. 
Até que certa vez, de ponta de pés, abri a porta e te deixei lá.
Na calçada.
Desde aquela noite, que te deixei ao relento, tenho tido insônia. 
E fico pensando como é que você conseguiu se salvar. 
Estava tão escuro, e a calçada tão fria...
http://weheartit.com/entry/14631374
Eu não sei o que você fez, mas tenho a impressão de que você sobrevive.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Porque quando a gente cresce, o número muda!

http://weheartit.com/entry/14505555
" Insistir naquilo que já não existe é como calçar um sapato que não te cabe mais.. Machuca, causa bolhas, chega a carne viva e sangra. Então é melhor ficar descalço ! Deixar livre o coração, enquanto vive. Deixar livre os pés, enquanto cresce. Porque quando a gente cresce, o número muda! Às vezes você tem que esquecer o que você QUER pra começar a entender o que você MERECE"

Desconheço autoria

terça-feira, 6 de setembro de 2011

A gente pode até tirar as pedras.

 
Mas é Deus que abre os caminhos!

http://weheartit.com/entry/14377870


Ps.: Não tenho dúvidas!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Os insensatos corações e a madureza cultural


por Edson de França


             Exigir autonomia intelectual imediata de um povo talvez seja demais. Há condições objetivas que não recomendam esse tipo de postura. Uma hora há que se pensar nas tão sagradas questões de escolhas pessoais, gosto estético essas coisas; noutra, pesemos os níveis de escolaridade e acesso à diversidade de produções culturais. Num Brasil pouco dado ao exercício da democracia no campo cultural, então, a coisa se configura no mínimo como uma tarefa para Hércules e Sísifos.  
Historicamente, produção cultural de algum vulto, num processo maquiavélico de posse e usufruto, sempre torna-se privilégio de apaniguados e teoricamente iniciados. E isso empresta um ar de nobreza a quem detém, presumivelmente, a possibilidade de acesso aos bens culturais de qualidade e a aura de ilustração e pose assumidamente esnobe para quem detém a capacidade de compreendê-los. Parece até que os bens culturais não sejam, em sua essência, patrimônio de toda a gente. Somos excludentes e cruéis em termos de fruição cultural. Por incrível que possa parecer nossa mentalidade monárquica forja cultura para consumo de elites até mesmo quando essa manifestação emana dos meios populares.
                Ao povão resta a novela. Essa espécie de folhetim popularesco, onde os intelectuais vão espreitar a essência da alma brasileira e a lacraia suburbana procura formas atuais de vestir-se e comportar-se, é uma febre nacional. Durante seis longos meses, religiosamente, o Brasil consome novelas em pelo menos quatro horários distribuídos ao longo dos dias. A novela agenda o papo das cumades, o look das adolescentes, a libido dos marmanjos e o vocabulário dos triviais da rua há mais de meio século. A primeira telenovela, em 1951, sob o sugestivo nome de Sua vida me pertence.
                Não está na novela, enfim, o problema. Como gênero dramático, ela incorpora a tradição narrativa do teatro popular e a representação intensiva do cotidiano de uma coletividade. Enfim, ela mergulha, flagra e configura o imaginário de um povo num determinado recorte de tempo. Nisso a novela cumpre o seu papel. O problema nosso é a repetição, o “mais do mesmo”. A fórmula de nossas novelas caduca a olhos vistos. Onde poderia existir a ousadia, mora uma acomodação residual que acomete a produção novelística de um chatíssimo estado de estagnação temática e representativa.
Ou seja, cada vez mais a novela revela-se como um “lugar comum”, incapaz de dar – ou ao menos propor - novas cores ao pensamento nacional. O pensamento médio de um povo se alimenta de ações provocativas. O contato com novas linguagens, novas formas narrativas e temáticas é que sempre motivou o salto cultural, mesmo quando a mudança provoca choque num primeiro instante. Não é o que acontece por aqui. À fidelização conseguida junto ao público, responde-se com uma clicherização violenta. As mudanças, se é que há, se processam a passos muito lentos como uma desconsideração aberta à inteligência e a paciência do povo.
A novela é um produto cultural embalado pela mídia para consumo de um público médio. Publico médio, teoricamente, medido pelo grau de escolaridade (cabeças com poucas horas sala de aula são prato feito prum escritor de novelas!), nível de consumo (grana para consumir merchands é sempre bem vinda!) e disponibilidade (quem tem realmente o que fazer não assiste novelas!). A escolha do seu alvo não leva em conta, claro, níveis de bagagem cultural. Sabemos que maiores níveis de educação e cultura habilitam as pessoas ao inconformismo e a busca permanente quando não pelo novo, minimamente pelo que instiga, pelo que é capaz de lançar novas luzes sobre as interpretações do mundo.
Não vou afirmar que novela é um gênero que agoniza. Longe disso. Somos um povinho bem mediano (teleotários, se assim quiserem entender) que adora as tramas levadas ao ar pela Rede Globo, nossa roliúde da teledramaturgia. Existindo público, portanto, a sobrevivência está garantida. Só acho simplesmente que toda ditadura, mesmo estética, deve ter um pólo antagônico. Algo que sinalize aos ideólogos e produtores de bens culturais que há gente do outro lado do aquário e não cabeças dispostas a dizer sim. Se não temos a madureza cultural suficiente para fazer escolhas mais elaboradas, ao menos que as fórmulas repetitivas dos nossos produtos culturais massivos sejam questionadas em seus clichês, lugares comuns e besteiróis a preço de realidade.